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Kimbanda das Almas
Kimbanda das Almas

Linha das Almas (PINTO, 1950, p.79).2. No culto do santé ou linha das Almas, tudo é tata, quer dizer, maior. Sakaanga (U.). Espíritos que trabalham na Linha das Almas (V.), destruindo magia negra e ajudando espíritos atrasados. Embora incorporem, não falam. Do yorubá "sáka" — inteiramente limpo; "hàn" — aparecer, manifestar-se; "ga" — alto, excelente.
Santé [Santeria] Conjunto de espíritos da Natureza que habitam as matas, no culto cabulista (V. Cabula). Ex: Tata Veludo (corresponde a Exu), Tata das Matas (Oxóssi), Tata da Pedreira (Xangô) etc. // Por extensão, força mística de que é possuída a pessoa em transe. // Terreiro da Linha das Almas. // Conjunto de santos do peji (altar). Do yorubá "sàn" — melhor; "té" — colocar no alto; ou "té" — cultuar. Ou do português santidade.
As mesas mediúnicas são muito comuns nesse culto em sessões denominadas mesa branca.
Espíritos desencarnados, porém, evoluídos. O espírito de qualquer kimbandeiro pode vir na Linha das Almas, mas cada um representando o seu culto. Antigamente, quando morria um feiticeiro, chefe de terreiro na Linha das Almas, faziam oferenda de mingau de fubá de arroz sem sal; comiam um pouco de mingau, sentados em volta, de branco, com velas acesas; depois, despachavam a comida predileta do falecido e a sua roupa em um campo. Cada um chegava nos cantos da casa e gritava pelo nome do falecido, dizendo que os seus pertences iam para o campo e que ele acompanhasse a comida e o mingau que pertenciam à sua alma. Ao voltarem do campo, um bebia um pouco d'água e jogava o resto para trás. Serviam uma garrafa de vinho e a comida predileta do falecido em intenção à salvação de sua alma. Hoje, esse costume, que veio do Kongo, está desaparecendo no Rio de Janeiro. (PINTO, 1950, pp.87-88).
O culto é originário do culto cabulista, proveniente do culto aos antepassados enocntrado em toda àfrica preta principalmente entre os de origem Bantu. Sua linha vibratória congrega os espíritos evoluídos de antigos escravos africanos.